Fesmepar participa do I Fórum das Federações de Servidores do Sul

O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira acompanhado da diretora de finanças Sonia Marchi, participou na última terça-feira (26/7), do I Fórum das Federações de Servidores do Sul. O evento foi realizado na sede da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Municipal de Porto Alegre (AIAMU), e reuniu presidentes e diretores das federações de sindicatos dos servidores públicos FESIMERS (Rio Grande do Sul), FETRAMESC (Santa Catarina) e da FESMEPAR, além da participação e apoio da FESEP/RJ (Rio de Janeiro), FESPUMEB (Bahia) e Associação Gaúcha de Instituições de Previdência Pública (AGIP).

Entre os temas discutidos, foram abordados a  “Valorização da Ação Sindical e o Futuro Político Nacional”, “Visão Nacional do Movimento Sindical e os Novos Rumos da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB)”, “Aspectos do Trabalho Jurídico em Graus Superiores – Uma Visão da Forma Coletiva de Proteção dos Direitos dos Servidores Públicos”, e o “Modelo da Regionalização dos Trabalhos Federativos a Exemplo do Estado do Rio Grande do Sul”.

Juntas, as Federações do Sul representam mais de 800 municípios nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.  Um fator merece destaque no estado gaúcho: entre as 110 entidades filiadas à Fesismers, metade é presidida por mulheres.

NOVO MODELO DE SINDICALISMO

Para João Domingos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB, a iniciativa de reunir as federações dos três estados sulistas é mais um ato de inovação e criatividade. “Saio daqui tomando como modelo esse formato de encontros regionais, pois, a partir das realidades regionais, podemos construir um modelo de consenso nacional”.

Através da implementação de ações estratégicas e de um novo modelo de sindicalismo, os sindicalistas anunciaram a pretensão de mobilizar não apenas o trabalhador, mas também a família dele e dialogar com a sociedade, ao defender a melhoria das condições de vida para o usuário do serviço público.

O propósito das lideranças é demonstrar para a sociedade que é o servidor público quem materializa a ação do Estado, que, sem a atuação desse trabalhador, não vai além dos prédios em que estão instalados os órgãos prestadores de serviço. O servidor público é indispensável para sejam exercidos os direitos da categoria e da própria coletividade.

As Federações do Sul assinarão manifesto conjunto resumindo os principais pontos discutidos durante a reunião, a exemplo da Carta de Blumenau, que foi síntese do encontro entre as federações, realizado em Santa Catarina, em 8 de junho. O documento que será subscrito pelas federações sulistas visa o protagonismo da refundação do modelo de movimento sindical pretendido pelos representantes dos servidores públicos municipais brasileiros.

O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, que é catarinense, afirmou que para vencer os constantes ataques e ameaças ao serviço público, é preciso participar da política. Ele lembrou que os servidores foram protagonistas durante os piores momentos da pandemia do novo coronavírus e que entre os desafios que o sindicalismo do serviço público carecem de renovação entre os quadros dirigentes.

Orlando Soares Filho, presidente da Fetramesc, disse que hoje o movimento social catarinense conta com o apoio de um deputado, mas tem como meta triplicar essa representação nas eleições.

Falando em direção compartilhada, Luís Claudiomiro de Quadros, o conhecido Chicão, presidente da Fesismers, agradeceu o empenho do presidente do Sindicato dos Municipários de Alvorada (SIMA) e do advogado da federação, Joao Artur Bortoluzzi, na montagem do I Fórum de Federações de Servidores Muncipais. Crítico das medidas que visam acabar com o serviço público no Brasil, Chicão defendeu a mobilização das bases como forma de reorganizar o movimento.

Ao falar na perda de direitos dos trabalhadores, decorrentes das reformas trabalhista e previdenciária, Norton Jubelli, presidente da União Geral dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (UGT-RS), considerou providencial a derrota dos causadores desse retrocesso, protagonizado por partidos que apoiam a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro.

AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA

Palestrando sobre o caráter da dívida pública brasileira, Guilherme Portanova, advogado especialista em Direito Previdenciário, informou que o artigo 26 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) determina a instalação de comissão mista para examinar o endividamento externo do Brasil e fazer exame analítico e pericial desses atos.

Em 2021, a dívida pública brasileira consumiu com R$ 1,8 trilhões dos R$ 3,8 trilhões do orçamento federal para pagar juros de uma dívida jamais auditada. Mesmo com essa sangria, a dívida ainda cresceu R$ 700 bilhões. Hoje, a dívidia pública brasileira alcançou a marca de R$ 7,5 trilhões e todo ano aumenta entre RS 700 bilhões e um trilhão de reais.

 

Post: Elizabeth Novaes – Mtb|PR 10.959

Com informações:  Federação dos Sindicatos de Servidores Municipais do Estado do Rio Grande do Sul – Fesismers

 
 
 
 
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