Os presidentes e dirigentes sindicais das centrais sindicais brasileiras entregaram à Organização Internacional do Trabalho, um documento com denúncias ao governo do estado do Paraná. O texto dá conta da maneira com que o governo tratou os grevistas da área da educação. Os professores encerraram o movimento paradista no dia 5 de junho.
O documento cita a pretensão do atual governo em passar a administração de 200 escolas da rede pública paranaense à iniciativa privada, medida que foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná. E ainda, o uso de servidores do estado para compartilhar conteúdos contrários a greve para pais e mães de alunos.
De acordo com a denúncia, para conter os professores o governo estipulou multa de R$ 100 mil por dia de paralisação, imposta ao sindicato que representa a categoria. A Procuradora-Geral do Paraná, Mariana Carvalho Waihrich, chegou, de maneira autoritária, a pedir a prisão da presidente do sindicato dos professores, Walkiria Mazeto, por “desobediência”.
A denúncia foi assinada pela UGT, CUT, CSB, CTB e Força Sindical. O direito a greve está previsto nas Convenções 87 e 98 da OIT. Agora, a organização internacional pode decidir se abre investigação para apurar os fatos.
