Servidores públicos da cidade de Missal, no oeste paranaense, fizeram um dia de paralisação na segunda-feira, 17/02. A mobilização, liderada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Missal (filiado à União Geral dos Trabalhadores), é um alerta à intransigências da administração municipal na negociação salarial 2013/2014.

“Desde agosto do ano passado os servidores aprovaram em assembleia a proposta do reajuste de 20% ser dividido em 3 anos, mais o INPC acumulado no período dos 12 meses da data base.”, diz o presidente do SINDISMI, o companheiro Ilceu Correa. Pelos cálculos dos dirigentes sindicais, o reajuste para 2014 dever ser de 11,92%, que corresponde justamente ao INPC mais a porcentagem anual já aprovada, de 6,66%. “Ficamos perplexos com essa atitude do prefeito de Missal que conhecia nossas reivindicações e que até a semana passada vinha se reunindo com o sindicato para chegarmos a um consenso. Simplesmente o prefeito fechou as portas para os servidores públicos municipais que não têm outra alternativa a não ser paralisar as atividades como forma de alertar a população quanto ao descaso da Prefeitura de Missal com seus trabalhadores”, desabafou Ilceu.

A diretora da Regional Oeste da UGT-PARANÁ e tesoureira da FESMEPAR – Federação dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais do Paraná (filiada à UGT), Sonia Maria Marchi está em Missal, acompanhada do secretário de Comunicação da UGT-PARANÁ, João Riedlinger. Os dirigentes da UGT estão prestando solidariedade aos servidores públicos de Missal e ao presidente do sindicato. “A prefeitura de Missal está agindo numa via contrária ao que vem sendo discutido no Congresso Nacional, que é justamente a valorização dos servidores públicos em todas as instâncias da administração pública”, diz Sônia Marchi. Por sua vez o secretário de Comunicação da UGT, destacou a importância dos gestores públicos pensarem na prestação do serviço público de qualidade à comunidade: “e isso sem dúvidas está agregado às condições adequadas no ambiente de trabalho e salários justos”, disse João Riedlinger.

Caso a prefeitura não se manifeste e volte à mesa de negociações o sindicato não descarta a possibilidade de uma greve dos servidores por tempo indeterminado.