A atual situação política do país nos obriga a analisar de forma criteriosa todos os recentes acontecimentos. São inegáveis os ataques e tentativas de ruptura com a democracia que o povo brasileiro vem sofrendo.
Mas e nós cidadãos e cidadãs brasileiros, qual é o nosso dever diante dessa importante decisão que nos aproxima?
Devemos lembrar que o próximo presidente eleito representa a escolha e vontade da maioria da população brasileira. Em respeito à democracia que foi conquistada com muita luta ao longo de anos de injustiças, deve trabalhar pelo povo e para o povo, priorizando a igualdade entre todos, sem favorecimentos a quaisquer que sejam.
Neste momento de grave crise política e econômica, precisamos de um representante que traga melhorias ao povo brasileiro e que reconheça o devido valor do trabalhador, pois é o trabalhador que alavanca a economia, que auxilia na criação de empregos e que faz o nosso país crescer.
Não podemos deixar de destacar as “reformas” já aprovadas e em vigência como a Reforma Trabalhista e a Terceirização irrestrita, que abrange todos os trabalhadores instaurando um cenário de incertezas ao povo. Essas medidas precisam ser reanalisadas e adequadas à realidade brasileira.
A nova legislação trabalhista criada pela Lei13.467/17 (Reforma Trabalhista) contraria diversos artigos estabelecidos na Constituição, a exemplo do chamado princípio da norma mais favorável ao trabalhador, o artigo 7º caput da Constituição, garante que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de todos aqueles previstos, que melhorem sua condição social, nos fica a dúvida; será que isso continuará sendo cumprido?
Alguns prejuízos já são observados em apenas um ano de vigência, como é o caso de empresas que com base em dispositivos da nova legislação trabalhista, já colocam em prática algumas medidas, como troca de horas extras por banco de horas, almoço de 30 minutos e férias divididas em três períodos. A quem interessam essas medidas, ao trabalhador ou aos grandes empresários?
É nisso que temos que pensar, em quem é favorecido pelas alterações nas leis trabalhistas e o que elas acarretam de prejuízos a nós trabalhadores.
Não podemos admitir o retrocesso do nosso país, a classe trabalhadora precisa se organizar, pois o presidente eleito será o legítimo representante do povo e deve governar para todos os brasileiros.
O resultado do voto que depositaremos nas urnas nesse dia 28 terá reflexo direto em nossas vidas, nas vidas dos nossos filhos, no nosso ambiente de trabalho, no preço dos combustíveis, na educação das crianças, no acesso dos jovens ao ensino superior, no emprego, na renda familiar, na saúde pública e na segurança. Portanto, este é o momento de pensarmos e analisarmos as nossas escolhas, observando os reflexos que serão gerados no futuro.
Espero que o povo brasileiro analise, e saiba votar em favor de todos, em favor da manutenção da democracia e pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, que são o futuro do nosso país.
Luiz Carlos Silva de Oliveira
Presidente – Fesmepar