A presidente do Sismmap – Sindicato do Servidores do Magistério Municipal de Paranaguá, filiado a Fesmepar, Andréa Elias de Paula foi destaque na imprensa local pelo trabalho desempenhado como professora, função que desempenha a mais de 25 anos.

Andréa é forte liderança sindical no litoral do Paraná, atuando sempre frente às lutas dos servidores do magistério de Paranaguá.

Confira a entrevista concedida para o jornal Folha do Litoral:

 

Professora fala da experiência de mais de 25 anos dedicados ao magistério

Andréa Elias de Paula, divorciada, filha de Benjamin  Schwartz de Paula e Rosaria Francisca Elias de Paula, nasceu em Curitiba. Mãe de Maurício Vitor de Souza Neto e Thayane Paula Leone de Souza, é formada em pedagogia, pós- graduada em educação especial e EJA e psicopedagogia.

atua há 27 anos na educação, exercendo a função de professora. Andréa trabalhou por 16 anos na escola de educação especial Professora Eva Tereza Amarante Cavani e, atualmente está na Escola Municipal Takeshi Oishi, atendendo alunos com deficiência intelectual na modalidade de educação de jovens e adultos, como também no programa educação para o mundo do trabalho. Também desempenha desde 2013 a função de presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério do Município de Paranaguá, para o quinquênio 2017/2021, onde desde o início de sua gestão vem lutando pela valorização da categoria. Confira a entrevista.

Folha do Litoral News: Conte um pouco sobre você e sua trajetória de vida.

Andréa: Sou professora, tenho dois filhos, Maurício Vitor de Souza Neto e Thayane Paula Leone de Souza. Estou na profissão do magistério há 27 anos. Iniciei a minha carreira como professora concursada em 1991, quando passei no primeiro concurso, mas antes disso eu fiquei por tres anos em cargo comissionado na gestão do meu tio, Vicente Elias, em sua segunda gestão como prefeito. De 1989 a 1991, tive a função de chefe de divisão de educação. Iniciei minha carreira como professora e em 1995, comecei na educação especial que é a bandeira que eu levanto até hoje. De lá até agora, continuo na educação especial. Trabalhei na escola Eva Cavani por 16 anos, e hoje trabalho na Educação de Jovens e Adultos (EJA) com alunos especiais com deficiência intelectual e também em um projeto de educação profissional em que a gente realiza inserção desses alunos com deficiência intelectual no mercado de trabalho. Estão minha função hoje é essa:  professora de jovens e adultos e do projeto de educação para o mundo do trabalho, além de exercer a presidência do Sismmap.

Filha do Litoral News: Como surgiu a oportunidade de iniciar seu trabalho no Sindicato?

Andréa: Foi ainda enquanto trabalhava na escola Eva Cavani. Fui convidada a participar do sindicato, desde a sua fundação. Avaliei que teria condições de acompanhar as nossas outras professoras nesta luta, porque a gente sabe que o sindicato não é brincadeira. Mas na realidade não tinha a visão do quanto seria um trabalho difícil e árduo dentro de um sindicato. Aceitei fazer parte e fui a primeira secretária. Realizamos uma assembleia e foi aclamada a fundação do sindicato e, a partir dali, começamos a nossa trajetória. Com isso, iniciaram as conversas, as reuniões para ver a melhor forma para mudarmos a situação que a categoria do magistério se encontrava. Estávamos com tudo em atraso , não era pago o piso nacional aos professores, elevação de nível atrasado e muitas coisas estavam precisando ser revistas com o gestor municipal, foi aí que iniciamos nossa jornada.

Folha do Litoral News: Quais ações realizadas no sindicato você destaca? E como avalia essas conquistas?

Andréa: Em 2013 começamos as primeiras negociações e em 2014 começou a ser paga corretamente, sem complementos. Em 2015 foi criada a nova tabela salarial. Também avançamos garantindo hora- atividade ais professores e educadores e monitores nas instituições tempo este garantido para aperfeiçoamento e preparações das aulas a serem aplicadas. Conseguimos a atualização na indenização de transportes que ficou durante alguns anos desatualizada. Tivemos vários obstáculos, fizemos paralisações, passeatas, greve e por meio disso, hoje nós conseguimos conquistar, conseguimos avançar e estamos avançando cada vez mais. Sabemos que tem muita coisa ainda para ser feita porque sempre surgem situações novas. Mas o sindicato está para atender e para ajudar a categoria, estamos sempre atuantes no que diz respeito aos professores, a categoria do magistério.

Então podemos dizer que já tivemos avanços e conquistas: pagamento e atualização do piso nacional para todos e não por complemento; pagamento da elevações de nível que se encontravam em atraso com retroativos; participação na reformulação do plano de carreira; eleição direta para diretores; reintegração dos aposentados; elevação de nível por graduação das educadoras infantis.

Folha do Litoral News: Que mensagem você deixa para os Servidores Municipais do Magistério de Paranaguá?

Andréa: Que o professor não desista e que ele persista a gente sabe que as dificuldades os obstáculos vão existir mas a nossa carreira é muito bonita, porque, através de nós, muitas pessoas hoje estão onde estão na vida pública, nos seus cargos, porque elas passaram por um professor para estar ali. Então que os professores não se sintam desvalorizados. Sabemos que é difícil e encontramos muitas dificuldades, mas não podemos desistir, porque se estamos ali é porque fomos chamados para fazer aquilo que fazemos e tudo tem que ser feito com amor. No meu caso, eu trabalho com educação especial então a minha bandeira é educação especial. Estou na frente do sindicato, atendo uma categoria, mas meu coração é da educação especial. Então, que os professores não desistam e não desanimem, nós vamos enfrentar vários obstáculos, mas vamos conseguir e vamos ser valorizados. Mas para isso precisamos de todos juntos, dos professores unidos porque todos juntos vamos conseguir mudar esse Brasil. Eu gostaria de agradecer a toda categoria do magistério, aos professores, aos diretores de escolas, aos educadores infantis, aos monitores, aos pedagogos, aos secretários das escolas e a todas as pessoas envolvidas na educação. Gostaria de fazer um agradecimento especial porque sem vocês nada disso funciona, sem o professor a escola não funciona. O professor é a peça fundamental dentro de uma escola para as coisas poderem acontecer. Más eu quero, em especial, agradecer a todos, más principalmente a nossa categoria do magistério que é especial e fundamental para que as coisas possam acontecer, para que nossos alunos possam seguir e terem oportunidade de ser alguém na vida e isso só depende de nós.

 

Fonte: Jornal Folha do Litoral