O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, marcou presença na Audiência Pública que discutiu a PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição) realizada nesta quarta-feira (7) na Câmara Municipal de Curitiba.

Luiz Carlos, considerou que as medidas apresentadas pelo governo federal são “trágicas demais” e que a intenção da medida é “continuar jogando dinheiro na área financeira”. Para o presidente do Sindicato do Servidores da Câmara de Curitiba, Luiz Carlos de Andrade, as propostas do ajuste fiscal representam um “discurso neoliberal”. “Durante a eleição não vi o Michel Temer dizer que fazia parte da chapa do governo, mas que se assumisse como presidente faria tudo diferente. Se ele tivesse ganhado a eleição tendo convencido a população dessas medidas teria sido confirmado pelas urnas, mas não foi, o que tira a legitimidade desse governo”, considerou.

A presidente da Federação das Mulheres do Paraná, Alzimara Bacellar ponderou que a PEC limita os custos com saúde, educação e transporte, por exemplo, mas que beneficia o sistema financeiro. “Estamos vivendo momentos importantes, e a cada momento somos chamados a nos posicionar. Devemos discutir e clarear sobre este assunto, buscar que os senadores escutem a voz do povo, aqueles que estão nas ruas”, acrescentou.

Para Clair da Flora Martins, representante do Núcleo Paraná Auditoria Cidadão da Dívida Pública, um dos maiores problemas do Brasil é o grande gasto do governo com o pagamento de juros e amortização da dívida pública que, segundo dados apresentados por ela, equivalem a 42% do orçamento da União. “Será que limitar gastos com saúde e educação vai resolver o problema da crise no Brasil? Vão reduzir gastos sociais e trabalhistas e aumentar recursos destinados ao sistema financeiro. Pense no impacto de R$ 4 trilhões em dívidas com juros de 16%”, provocou. “A sociedade não tem ainda consciência plena sobre como essa medida irá impactar em suas vidas”, disse.

O estudante Lucas Cristiano Gonçalves, que integra um grêmio estudantil, no entanto, reclamou de não haver debatedores favoráveis à PEC na audiência pública. Ele argumentou que a maior parte da população é a favor do ajuste fiscal apresentado pelo governo federal. “Não dá para ser papai noel e ficar distribuindo direitos sem saber de onde vem o dinheiro. O Lula quis limitar os gastos e a Dilma também, mas ninguém se manifestou lá. Mas agora que é o [Michel] Temer, que é um governo legítimo, a esquerda é contra”, protestou.

Também compareceram à audiência os vereadores eleitos Professor Silberto, Oscalino do Povo, Mauro Bobato  e o presidente do Sindicato da Guarda Municipal de Curitiba (Sigmuc), André Vecchi.

 

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Post: Elizabeth Novaes – MTB 10.959

Com: Câmara Municipal de Curitiba