Na manhã desta segunda-feira (26), guardas municipais e demais  servidores municipais de Curitiba deixaram claro que não vão simplesmente aceitar a aprovação do pacotaço e a retirada de direitos. Após uma grande passeata do Parque São Lourenço até a Ópera de Arame, local da votação, os manifestantes deram exemplo de força e luta diante da truculência policial.

A Polícia Militar do Paraná estava em peso desde o começo da mobilização dos servidores. Somente um número reduzido de servidores foram autorizados a entrar na Ópera de Arame, e ainda foram posicionados em um camarote muito distante dos vereadores. E, para barrar a entrada dos manifestantes e impedi-los de assistirem à votação, a polícia utilizou balas de borracha, gás lacrimogênio, spray de pimenta, cavalaria e bombas de efeito moral. Até o momento, já são três servidores feridos pela violência policial.

Mas, apesar da violência que marcou a história da rede municipal de Curitiba, os trabalhadores do serviço público seguiram firmes e continuam protestando contra o pacotaço de maldades do Greca.

Votação

Enquanto a mobilização dos trabalhadores é reprimida do lado de fora, dentro da Ópera de Arame, novo local da sessão plenária, os vereadores da bancada do tratoraço aprovaram por 25 votos favoráveis e 9 contrários o projeto que autoriza o saque inconstitucional de 700 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Curitiba (IPMC), passando por cima das reivindicações dos servidores que lutam por nenhum direito a menos.

Além disso, os projetos de Lei de Responsabilidade Fiscal, leilão das dívidas da Prefeitura e suspensão dos Planos de Carreira dos servidores também foram aprovados.

Diante da aprovação dos primeiros projetos e da mobilização, alguns vereadores da oposição se retiraram da sessão plenária em protesto. Já os servidores realizaram um ato simbólico contra o pacotaço e queimaram jalecos para mostrar a indignação com o descaso da administração pública.

Post: Elizabeth Novaes – Mtb 10.959

Fonte: Sismmac