Sindicalismo reage ao ataque do general Mourão a direitos trabalhistas

Oito Centrais Sindicais divulgaram na noite da quinta (27/09) uma nota unitária, repudiando a declaração do candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), de que o 13º salário é “uma jabuticaba” e que não deveria existir.

O documento é assinado por dirigentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical e CSP-Conlutas.

A fala de Mourão ocorreu em palestra na quarta (26/09) a dirigentes lojistas de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. O general afirmou que o 13º salário e o adicional de férias são “jabuticabas” – que existem exclusivamente no Brasil – e pesam como “uma mochila nas costas de todo empresário”.

Leia a íntegra

NOTA UNITÁRIA DAS CENTRAIS SINDICAIS

Em defesa do 13º salário, adicional de férias e dos direitos trabalhistas

A fala do general Mourão contra direitos trabalhistas revela o que está por traz da candidatura de Bolsonaro: uma candidatura antissocial que deve ser repudiada por toda a classe trabalhadora brasileira!
Consideramos descabida, ofensiva e lamentável a afirmação que o candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamílton Mourão (PRTB), fez nesta 4ª feira, 26, para empresários e representantes de associações e sindicatos patronais, em Uruguaiana, RS, sobre o 13º salário e o adicional de férias.

 

Segundo ele: “Se a gente (sic) arrecada 12, como vamos pagar 13 (salários)?”. E ainda: “É complicado e é o único lugar (o Brasil) em que a pessoa entra em férias e ganha mais”.

 

Tais direitos, desdenhados por ele, foram conquistados após árduas batalhas travadas e constam nos direitos constitucionais. Ao contrário do que disse Mourão, direitos trabalhistas, como o 13° salário, geram empregos e movem a economia justamente porque nela inserem os trabalhadores.
Vamos entregar o controle do nosso País a pessoas com esse tipo de pensamento? Não foi para isto que os trabalhadores e as trabalhadoras lutaram tanto!
Não podemos aceitar, em hipótese alguma, a retirada dos nossos direitos, nem posicionamentos que diminuam o valor do nosso trabalho e que visam aprofundar a desigualdade social.

 

Vagner Freitas – Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical 
Ricardo Patah – Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Adilson Araújo – Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
José Avelino (Chinelo) – Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
José Calixto Ramos – Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Edson Índio – Secretário-geral da Intersindical
Atnagoras Lopes– Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

Fonte: Nova Central

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