REFORMA ADMINISTRATIVA: Seis questões  que você precisa saber!

1- Cargos viram moedas de troca
Antes da Constituição Federal de 1988, os cargos públicos eram uma forma de ‘compadrio’, quando o Executivo podia fazer contratações sem a necessidade de concurso público, ou seja, “te presto favores e você me arruma um cargo, ainda que eu não tenha a mínima preparação para isso”. Com a reforma, os governantes são capazes de criar e destruir cargos públicos. Sem estabilidade, os servidores perdem a autonomia de balizar políticas e atuar em defesa da população. SERVIDOR, como o nome sugere, trabalha para a população e não em benefício de um determinado governo.

2 – Perseguição política
A PEC acaba com a estabilidade para novos servidores. Além disso, o texto extingue promoções automáticas e diversos benefícios, que compensam a falta de reajuste salarial. Por outro lado, o projeto não atinge magistrados, parlamentares, militares e membros do Ministério Público, ou seja, as categorias que têm maior remuneração e benefícios no serviço público. É preciso lembrar que, no começo de agosto, o Ministério da Justiça elaborou um documento com nomes de servidores antifascistas e encaminhou para diversas instituições, inclusive às polícias.

3- Afinal, quanto ganha um servidor?
A ideia de que servidores são profissionais extremamente beneficiados precisa ser repensada. De acordo com o IBGE, o Brasil possui cerca de 10,7 milhões de servidores públicos civis ativos e sua maior parte é constituída de servidores municipais, quase 6 milhões (62,4%), seguida de 3 milhões de servidores estaduais (30,8%). Ainda de acordo com a pesquisa, a remuneração média dos
servidores federais foi de R$ 8,1 mil (quando se exclui os militares). A remuneração dos servidores estaduais, de R$ 5 mil, e a remuneração dos servidores municipais de R$ 3 mil.

4- O que são os benefícios?
Quando um profissional opta pela iniciativa privada, constrói sua carreira e recebe reajustes salariais. No serviço público, como não há plano de carreira, os servidores passam anos sem receber aumento e para compensar as perdas, existem estes abonos em forma de remuneração.
Com o fim dos abonos, as áreas mais atingidas serão a educação, a saúde e assistência. Quando se fala em retorno financeiro, a iniciativa privada é muito mais vantajosa para a maioria destes trabalhadores.

5- Do público para o privado Sem os servidores para fazer a oposição e o enfraquecimento do setor e das estatais, as privatizações serão facilitadas. Basta ver a questão da água.

6- Não se engane! TODOS(AS) servidores serão atingidos
Apesar de o governo dizer que as novas regras atingirão apenas os novos servidores, já sabemos que isso não é verdade, afinal a Reforma da Previdência nos ensinou que não dá para acreditar. A PEC prevê o fim do Regime Jurídico Único, que garante a estabilidade dos servidores.

Fonte: Sindiserv Caxias do Sul

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