Mais de 20 sindicatos filiados a Fesmepar participam do seminário “Nova Lei Trabalhista: e agora?”, realizado pela da UGT – Paraná  

Com a presença de líderes sindicais de mais de 20 sindicatos de servidores filiados, a Fesmepar marcou presença no Seminário estadual “Nova Lei Trabalhista: e agora?”, realizado pela UGT- Paraná nesta quarta-feira (12).

O principal  objetivo do seminário foi debater e apontar caminhos a serem adotados pelas entidades sindicais, em relação às formas de custeio e da negociação coletiva de trabalho, o seminário reuniu dirigentes sindicais, assessoria jurídica e contábil das entidades filiadas à UGT e das Federações no Estado do Paraná que lotaram o Centro de Convenções do Bourbon Hotel, em Curitiba.

O presidente da UGT-Paraná, Paulo Rossi, que abriu os trabalhos do evento, frisando que é preciso estar atento aos rótulos criados entorno do funcionalismo público. “Chegou a hora de nos atentarmos, não caiam no rótulo da história do privilégio aos servidores públicos, sabemos que isso não é verdade, privilégio é salário de ministro, que ganha 50 mil reais por mês, temos que tomar cuidado com o querem que a gente acredite, o momento é de atenção e análise, os realmente privilegiados são os que estão retirando os direitos dos trabalhadores brasileiros.”

O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, destacou os prejuízos gerados pelas reformas aos trabalhadores brasileiros. ”As reformas já foram aprovadas, “E agora, José?”. Os servidores foram usados como bode expiatório para aprovarem as reformas, lá atrás, o Fernando Collor já usou a questão dos privilégios, falando que os servidores eram marajás, mas os privilegiados são aqueles que não são os trabalhadores, sempre se acha uma maneira de beneficiar as grandes empresas e deixar os prejuízos aos trabalhadores. Nós estamos sentados, é preciso levantarmos, não podemos nos acomodar, os prejuízos mascarados como reformas já foram aprovados, eu gostaria que as Centrais, os movimentos sindicais de todas as classes de trabalhadores se  levantassem, e prestassem atenção ao que está sendo gerado ao Brasil, precisamos procurar alternativas e agir, antes que a Reforma da Previdência seja aprovada, assim como a Trabalhista e a PEC do Teto dos gastos foram aprovadas”.

Presidente da Fesmepar Luiz Carlos Silva de Oliveira

PALESTRAS

No período da manhã, foram ministradas as palestras “A reforma trabalhista e seus impactos na negociação coletiva de trabalho”, pela especialista em Direito Coletivo e mestre em Relações Sociais Claudia Campas Braga Patah; e “A nova legislação trabalhista e a relação do movimento sindical com as relações do trabalho”, pelo dr. Carlos Cavalcante de Lacerda, secretário nacional de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho.

De acordo com  Claudia, embora a nova Lei Trabalhista tenha sido anunciada pelo governo, entre outras justificativas, como uma mudança que fortaleceria a estrutura sindical, o movimento foi enfraquecido e precisará se reinventar. “Além de estarmos passando por um momento de segurança jurídica zero, os sindicatos, especificamente, perderam a força pois, pela nova lei, as homologações não precisam mais ser feitas nessas entidades; as dispensas coletivas foram equiparadas às individuais, o que retira a faculdade do sindicato de negociá-las; e tornar facultativo o pagamento da contribuição sindical é algo inconstitucional. Diante desse novo cenário, até o Papa Francisco fez um alerta, dizendo que os sindicatos terão que encarar um novo desafio e estar mais integrados com a sociedade. Não defender apenas os direitos de quem já está empregado, mas também daqueles que estão excluídos.”

À tarde, foram recebidos Zilmara David de Alencar, advogada e consultora trabalhista e sindical e ex-secretária nacional de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego; e o Cássio Colombo Filho, desembargador do TRT/PR, 9ª Região.

Marcaram presença no seminários os sindicatos de servidores filiados a Fesmepar dos municípios de Capitão Leônidas Marques, Cafelândia, Diamante D’Oeste Mamborê, Pérola, Figueira, Assis Chateaubriand, Serranópolis do Iguaçu, Luiziana, Pinhais, Santa Lúcia, Santa Tereza, Cornelio Procópio, Clevenlândia, Quedas do Iguaçu, Lapa, Colombo, Francisco Alves, Palotina (professores) e o sindicato da Guarda Municipal de Curitiba.

   

Também estiveram presentes, a diretora de finanças da Fesmepar, Sonia Maria Marchi, o assessor jurídico Aquile Aderle, a assessores contábeis também da Fesmepar Jair Anderle e Thais Ferraz, o presidente da UGT Nacional, Ricardo Patah, também representando a UGT Nacional, Avelino Garcia; o Superintendente Regional do Ministério do Trabalho no Paraná, Luiz Fernando Fávaro Busnardo; além de representantes das federações FECEP Fetracoop, Feaconspar e Feeb/PR.

 

Post: Elizabeth Novaes – Mtb 10.959

Com: UGT 

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