Fesmepar reúne mais de 150 lideres sindicais em seminário que debateu os rumos do sindicalismo brasileiro

A Fesmepar realizou nos dias 5 e 6 de outubro o Seminário “Os Desafios do Sindicalismo na Atual Conjuntura Nacional”, reunindo mais de 150 diretores e líderes sindicais de todo o Paraná para debater as atuais entraves enfrentadas pelo sindicalismo brasileiro e internacional.

Durante os dois dias de palestras, os participantes tiveram  a oportunidade de debater junto a líderes sindicais nacionais as alternativas para os desafios gerados ao sindicalismo após a aprovação de leis como a reforma trabalhista, nova lei da terceirização e a reforma da previdência, que ainda está em tramitação no Congresso Nacional.

O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, agradeceu a presença de todos os líderes sindicais e destacou a luta da Fesmepar pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores e da importância da participação de todos no fortalecimento do sindicalismo brasileiro.”

O crescimento da Fesmepar e tudo o que até hoje foi realizado é graças ao trabalho de todos e ao esforço de cada sindicato que se dedica a buscar melhorias aos servidores paranaenses.  O trabalho da federação é o trabalho de todos, todos os diretores possuem importante participação  no dia a dia, e os representantes sindicais filiados a Fesmepar são parte da instituição e nos fortalecem a cada dia.

“A Fesmepar faz questão de ter a presença de todos, pois só nos fazemos grandes quando todos estão juntos, um fortalecendo o outro e lutando pelos mesmo ideais, que é principalmente a defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros “ disse.

 

O presidente da UGT- Nacional -União Gera dos Trabalhadores, Ricardo Patah, parabenizou a Fesmepar pelo trabalho que vem realizando ao longo dos anos e pela busca de alternativas que visam o fortalecimento do sindicalismo.

“O que o Brasil precisa é de uma sinergia entre todas as categorias, e a possibilidade efetiva da construção do que é melhor para todos nós, o que é melhor para o servidor público é melhor é melhor para a área privada do mesmo jeito”.

“É inegável que hoje o sindicalismo brasileiro enfrenta grandes desafios como sempre enfrentou, a diferença é que agora a luta nos parece maior. Este é o momento de debatermos e buscarmos maneiras de continuar, todos os dias surgem novos desafios e nós precisamos ir para o embate, precisamos mostrar aos empresários que somos grandes e que o movimento sindical brasileiro é forte em defesa do povo trabalhador.”

Patah ainda frisou a importância do servidor público na construção de um país mais digno. “É preciso tratar o servidor público da forma que ele merece, com respeito e dignidade. É o servidor público que carrega o país, e merece o nosso respeito  e os nosso aplausos”.

Presidente da UGT- Nacional, Ricardo Patah

 

O presidente da UGT- Paraná, Paulo Rossi, parabenizou a Fesmepar pela iniciativa de realizar o seminário que debate a atualidade do movimento sindical e da à oportunidade de buscar alternativas com base em discussões com grandes líderes sindicais nacionais.

A Fesmepar mais uma vez quebra paradigmas e reúne a categoria para  discutir assuntos que estão mexendo não somente com os servidores públicos, mas com toda a população brasileira. Precisamos estar unidos por uma só causa, os nossos inimigos estão lá fora, são os maus empresários e o capital internacional que querem acabar com o movimento sindical”.

Rossi ainda agradeceu aos sindicatos filiados a UGT pelo engajamento no trabalho e fortalecimento da base. “Este é o momento de união, a UGT-Paraná hoje está fortalecida e a Fesmepar e os sindicatos filiados fazem parte deste trabalho de dedicação e busca de melhores condições e em defesa do trabalhador Paranaense.”

Presidente da UGT-Paraná, Paulo Rossi.

 

PALESTRAS

A Conjuntura do Movimento Sindical atual no âmbito nacional

Ministrada pelo presidente da UGT-Nacional, Ricardo Patah, a palestra abordou os desafios que as reformas trabalhista e previdenciária, além da terceirização irrestrita, que gera uma série de danos a curto e a longo prazo a toda a classe trabalhadora brasileira.

Patah destacou a luta dos trabalhadores brasileiros e as reformas propostas pelo governo federal.

“Não podemos nos deixar abater pelas dificuldades que virão, tantas foram as que já vencemos e estas nos fortaleceram e engrandeceram a nossa caminhada”.

A Terceirização da forma como foi aprovada é um crime com a sociedade brasileira. Precisamos ter regras que não prejudiquem, que não retirem direitos e que não agridam os direitos já conquistados com muita luta dos trabalhadores”.

 

Análise dos Projetos Aprovados ou em Discussão no Congresso Nacional

O presidente da Federação dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, Lineu Mazano, expôs o cenário político sindical atual, abordando os riscos aos direitos dos trabalhadores aprovados junto na reforma trabalhista.

“Nós estamos na pior crise da história se analisarmos pontualmente o que a reforma trabalhista e o que estão tentando aprovar no Congresso nacional para nós, é o assassinato da esperança. Querem que acreditemos que não há mais o que fazer, que não há formas de buscar a contenção dos abusos em todas as esferas”.

Mazano ainda falou sobre a farsa do déficit da previdência social brasileira e a já aprovada PEC do Teto dos gastos, que agride diretamente o serviço público brasileiro, e gera a longo prazo, um caos no funcionamento público, já que o funcionalismo não conseguirá suprir a demanda.

Presidente da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Estado de São Paulo, Lineu Mazano.

A Conjuntura do Movimento Sindical Internacional frente às entraves atuais

Denise Motta Dau , Diretora do ISP- Internacional dos Serviços Públicos, expôs pontos da terceirização e do neoliberalismo.

No início a terceirização foi justificada como algo pontual, sazonal e para atividades específicas e especializadas, não para atividades permanentes, como na área da agricultura por exemplo e algumas atividades especializadas,

A terceirização acabou sendo uma alterativa não somente no Brasil, mas em todo o mundo para diminuir os gastos com o trabalho e não mais para indicar alternativa de custos menores, e a aprovação da terceirização irrestrita no Brasil pode gerar danos irreversíveis, já que foi aprovada inclusive nas atividades fim.

“Temos o conceito tradicional do liberalismo que diz que algumas áreas podem ser reguladas pelo Estado aí aparece o neoliberalismo com a divisão de atividades não exclusivamente de estado  e muitas privatizações.

Tivemos algumas alterações na Constituição federal que valorizavam os serviços públicos como o SUS , o acesso a educação pública de qualidade e a assistência social, porêm no Brasil, o neoliberalismo travou o crescimento e ampliação desses deveres de Estado”.

 

Diretora do ISP- Internacional dos Serviços Públicos, Denise Motta Dau.

Subsistência e as Perspectivas da Estrutura Sindical no Brasil

O presidente da CSPB- Confederação dos Servidores Públicos do Brasil João Domingos Gomes dos Santos,  destacou a PEC241 , que congela os gastos do Estado Brasileiro por 20 anos, congelando assim os  gastos com pessoal, com educação, segurança, saúde e tantos outros.

“A PEC 241, é uma emenda constitucional e não se sustenta sozinha, ela impõe constitucionalmente as reformas para que seja cumprida, gerando as Reforma Trabalhista e Previdenciária que nós vemos hoje assombrando o povo brasileiro”.

Domingos ainda falou sobre o fim da contribuição sindical e das possíveis alternativas estudadas.

(…) a realidade do país é que não teremos mais recursos para lutar em favor do trabalhador, ou pelo menos temos isso reduzido a partir da aprovação e vigência, a contribuição sindical da forma como era não existe mais, a nova forma de contribuição em andamento é a contribuição negocial que é o resultado de processos de negociação coletiva, o problema é que nós não temos negociação coletiva e temos que estudar a fundo as entraves que virão.”

 

 

Presidente da CSPB- Confederação dos Servidores Públicos do Brasil João Domingos Gomes dos Santos

 –

Reflexões sobre os impactos da quarta Revolução Industrial na organização dos trabalhadores

Apresentada pelo Coordenador Técnico da Secretaria de Organização de Políticas Sindicais da UGT Nacional, Erledes Elias da Silveira, falou sobre a chamada “4ª Revolução Industrial” que carrega consigo uma proposta neoliberal de reduzir a mão de obra.

“A intervenção tecnológica agrega muito ao funcionalismo, mas também traz desemprego, já que substitui a mão de obra por equipamentos de grande investimento inicial, mas que em contrapartida reduz custos com funcionários”.

“O sindicalismo precisa sair do sono profundo e buscar alternativas para os trabalhadores”, disse.

 

Coordenador Técnico da Secretaria de Organização de Políticas Sindicais da UGT Nacional, Erledes Elias da Silveira

[button link=”http://fesmepar.org.br/v3/gallery/seminario-sindical-os-desafios-do-sindicalismo-na-atual-conjuntura-nacional-5-e-6-de-outubro-de-2017/” icon=”fa-camera” side=”left” target=”blank” color=”105ec4″ textcolor=”ffffff”]VER GALERIA DE FOTOS[/button]

Post: Elizabeth Novaes – MTB 10.959

News Reporter