Fesmepar participa o curso “Os desafios para a intervenção política e sindical: Teoria e prática” em Brasília

 

Representada pela diretora de finanças, Sonia Maria Marchi, a Fesmepar marca presença no curso “Os desafios para a intervenção política e sindical: teoria e prática”, que acontece em Brasília desde a segunda-feira (13/2) e encerra-se amanhã (16/2) com visita ao Tribunal Superior do Trabalho.

O curso que é oferecido pela Advocacia Garcez que é especializada em causas trabalhistas e sindicais, trouxe palestrantes de peso, para agregar conhecimento com base nas experiências vivenciadas no âmbito trabalhista.

Sonia falou sobre como a união dos sindicatos agrega força ao trabalho dos sindicalistas. “É no trabalho diário junto aos sindicatos que adquirimos força e vencemos grandes lutas. As dificuldades são diariamente apresentadas a nós sindicalistas, e sem dúvida, o apoio e a vontade que temos em lutas pelos servidores e trabalhadores é que engrandece o trabalho e nos dá força para prosseguir”.

 

Palestras

Uma das primeiras palestras foi com o advogado de entidades sindicais e movimentos populares na Cidade do México. É também Secretário de Trabalho da Asociación Nacional de Abogados Democraticos do México – ANAD, Nahir Velasco que ao falar da história política do Brasil, ressaltou a riqueza da história política e trabalhista do país. “O Brasil tem uma história muito interessante, alcançou a cabeça da América Latina”, afirmou.

Advogado de entidades sindicais mexicanas Nahir Velasco, “O Brasil tem uma história muito interessante. Alcançou a cabeça da América Latina”.

 

Velasco também falou sobre o fortalecimento sindical na América Latina. “Temos que fazer alianças. Existe uma organização internacional que, no caso, agremia os trabalhadores mineradores que se chama Union Global Industrial. Essa organização aglomera 50 milhões de trabalhadores em todo mundo, de tal maneira que se há um conflito com uma [empresa] transacional que está em outro país, neste caso, se estão no Brasil, podem mandar emissários ou podem solicitar apoio do sindicato, onde está sua matriz, para fazer um ato de protesto”.

 

Jornalista orienta sindicalistas a conquistarem influência nas redes

Na terça-feira (14/2) o jornalista George Marques, do The Intercept Brasil falou sobre os anseios de sindicalistas e militantes de movimentos, destacando as novas tecnologias para a comunicação sindical.

Jornalista George Marques, do The Intercept Brasil orienta sindicalistas a conquistarem influência nas redes

As novas mídias ajudam a  conquistar mais apoios na sociedade para suas pautas. George – que é um dos comunicadores de maior influência nas redes sociais – deu dicas aos sindicalistas de como transmitir seus conteúdos para o maior número de pessoas possível. “Precisamos nos comunicar com um diferencial. As pessoas não querem mais do mesmo”, disse. Ele apresentou um roteiro com etapas de ação nas redes para se ganhar influencia e credibilidade.  E concluiu fazendo um importante alerta: “Ter muitos seguidores não significa ter influência.”

 

Com muitas proposições, curso encerra mais uma etapa

Os participantes, após se reunirem em grupos nesta terça-feira (14) os participantes apresentaram  uma série de sugestões para qualificar a intervenção sindical.

Propostas

Após dividirem-se em grupos, os participantes relataram ao conjunto dos participantes suas avaliações e sugestões para a intervenção sindical. Uma das propostas que surgiu foi a de informar a população sobre as desonerações promovidas por governos estaduais para beneficiar grandes empresas no mesmo momento em que falam em crise nas contas e atrasam salários do funcionalismo. Os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul foram usados como exemplo.

Outra sugestão foi a criação de comitês e comissões nos sindicatos para estudar e debater temas que não se limitem às questões sindicais. Na opinião dos participantes, os sindicatos devem elencar pautas que dialoguem com diferentes segmentos da sociedade para incorporar suas lutas e promover a reaproximação necessária.

As entidades devem fazer, na opinião dos participantes do curso, esforços para profissionalizar suas comunicações, com a contratação de profissionais da área e capacitação de dirigentes e funcionários dos sindicatos para melhor utilização das redes. Isso, no entanto, não substitui as formas convencionais de comunicação, como a edição de boletins informativos, panfletos e a entrega direta desses materiais aos trabalhadores.

          

Também trataram da necessidade de fazer mapeamentos sobre o perfil dos parlamentares e manterem-se mobilizados junto às bases eleitorais de deputados e senadores.

Combater a imagem negativa sobre o sindicalismo na sociedade também é um desafio a ser perseguido. Um caminho para isso é buscar formas de diálogo com bases mais conservadoras.

 

 

 

Post: Elizabeth Novaes – Mtb 10.959

Com Advocacia Garcez

Fotos: Eduarda Brogni

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