Fesmepar e UGT-Paraná discutem os riscos da PEC 32/2020 aos servidores públicos

O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, se reuniu na última terça-feira (6/7) com o presidente da UGT-PARANÁ Paulo Rossi para discutir o atual cenário político-sindical no Paraná e os desafios que o sindicalismo brasileiro tem enfrentado com a política de cortes criada pelo governo federal. A reunião aconteceu na sede da Fesmepar, em Curitiba.

Entre os temas abordados, a PEC 32/2020, chamada de “Reforma Administrativa”, é uma grande preocupação dos dirigentes, já que precariza o funcionalismo público retirando direitos conquistados pelos servidores ao longo das lutas dos trabalhadores e centrais sindicais.

O presidente da Fesmepar, em conversa, ressaltou a história de luta dos servidores e o descaso do atual governo com a classe.

“É triste ver uma classe que tanto contribui para o funcionamento das administrações públicas ser severamente atacado. Estamos em constante ameaça de perder importantes conquistas. Caso aprovada abrirá caminho para a privatização de tudo o que hoje é público, o que pode impactar milhares de famílias. Isso nos preocupa muito, pois quem mais sofrerá será novamente o povo que mais precisa. Temos o exemplo do SUS, que está na linha de frente no combate a pandemia em nosso país, sem o trabalho do Sistema único de Saúde e dos servidores, o cenário da pandemia poderia ser ainda pior que que já estamos. Precisamos proteger as políticas públicas do país”, disse Luiz Carlos.

O presidente da UGT-PARANÁ, também falou sobre a PEC 32 e que a UGT vê a proposta como mais um retrocesso. “ Essa reforma promovida pelo governo Bolsonaro somente vai aumentar a corrupção e o “toma lá, dá cá” por cargos públicos, pois tal projeto simplesmente acaba com a isonomia dos servidores públicos para promover a livre nomeação de cargos pelo presidente da República. Recentemente na CPI da Covid, tivemos um claro exemplo do servidor concursado do Ministério da Saúde que denunciou os atos de corrupção, e só não foi demitido pelo governo por ter estabilidade. A UGT entende que a estabilidade do servidor é justamente uma dessas funções: Ter autonomia para fiscalizar os atos dos agentes políticos e prestar serviços com qualidade à população”, disse Rossi.

Também participou da reunião o Assessor jurídico da Fesmepar, Aquile Anderle, que possui extensa experiência jurídica na área trabalhista e do funcionalismo público

PEC32/2020 – MAIS UM ATAQUE AOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Privatização de serviços públicos, corte de garantias constitucionais, retirada de direitos da população, prejuízos para os servidores e para a sociedade, aumento da contratação sem concursos, desmonte da administração pública. É essa a verdade por trás da reforma administrativa

A UGT e a Fesmepar estão focadas no trabalho desenvolvido em conjunto às Centrais Sindicais contra a PEC 32. O presidente da Fesmepar, que também é Secretário do Servidor Público da UGT-Nacional, está na linha de frente da organização do movimento que está sendo programado para julho e agosto. Os manifestos buscam a unicidade da classe trabalhadora como tentativa de barrar a tramitação do texto atual da chamada Reforma Administrativa.

Post: Elizabeth Novaes – Mtb 10.959

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