Fesmepar e sindicatos de servidores e de professores do Paraná se posicionam contra o retorno às aulas em setembro

A Fesmepar realizou nesta quarta-feira (19/8) videoconferência com diretores e líderes sindicais de sindicatos de servidores e professores municipais do Paraná, filiados à entidade, para discutir as demandas dos servidores e obter um panorama do ensino público municipal no estado.

Durante a reunião foi discutida amplamente a proposta de volta as aulas para o mês de setembro/2020. Após debate e exposição do cenário atual de contagio com o Covid-19 e das condições de atendimento da saúde, os sindicatos entraram em um consenso de que o retorno imediato às aulas não é seguro para os alunos e nem aos profissionais da educação, que ficarão expostos diretamente ao contágio.

O presidente da Fesmepar Luiz Carlos Silva de Oliveira destacou que é preciso avaliar o progresso da pandemia nos municípios para que a saúde dos alunos e profissionais da educação não seja colocada em risco.

“A Fesmepar é contraria o retorno imediato às aulas, Este não é o momento seguro para a volta as aulas. A nossa preocupação é que o retorno imediato poderá gerar novos casos de contágio, provocando o agravamento da pandemia. É preciso avaliar o progresso da pandemia nos municípios para que não coloque a população em um risco ainda maior do que já estão”.

“Isso sem contar nos profissionais da educação que serão expostos, muitos com doenças preexistentes, o que pode ser um fator de agravamento quando contaminado com o novo coronavirus. Muitos municípios não terão verba que atenda a nova realidade que a comunidade escolar enfrentará. É preciso que isso tudo seja avaliado com cautela para que não seja colocada a vida dos alunos e nem dos profissionais em risco”, frisou Luiz Carlos.

O governo estadual criou um comitê com representantes de escolas públicas e privadas, professores, pais e alunos para definir como será o retorno das aulas no Paraná. Ainda não há definição de data, isso dependerá de uma avaliação de equipes da Saúde.

Prefeituras de municípios de todo o Paraná também estão criando comitês de avaliação com representantes da comunidade escolar e da saúde para analisar os quadros municipais da educação em meio a pandemia do Covid-19.

A diretora de finanças da Fesmepar Sonia Marchi frisa que o sindicato possui um compromisso social com o trabalhador assim como com toda a comunidade.

“Os sindicatos devem cumprir o seu papel social enquanto representante dos trabalhadores e estarmos juntos ativamente nos comitês municipais que analisam o retorno às aulas. A nossa obrigação é em defesa da vida. O monitoramento que se tem do Paraná hoje nos mostra com dados que se tivermos o retorno imediato às aulas o número de contágio será bem maior do que o que já estamos vivendo. Nosso dever é preservar a segurança da saúde dos profissionais e alunos”, disse.

Durante a videoconferência também foram abordados assuntos administrativos além de um panorama da pandemia no Paraná.

A Fesmepar tem realizado videoconferências periodicamente com o intuito de estreitar o contato com os sindicatos filiados para que seja mantido o trabalho efetivo em defesa dos servidores públicos municipais e estaduais do Paraná.

Participaram da videoconferência além do assessor jurídico da Fesmepar Aquile Anderle diretores dos sindicatos de servidores SINPREFI (Professores de Foz do Iguaçu), SINSERP (Pinhais), SINSERPAR (Paranavaí), SINSMI (São Miguel do Iguaçu), SISMUCAP (Capitão Leônidas Marques), SINSEMAR (Marechal Cândido Rondon), SINDISMED (Medianeira), SISMUF (Fazenda Rio Grande), SISMMAM (Mamborê), SINDSERVSJS (São Jerônimo da Serra), SISPULUZ (Luiziana), SINREB (Rebouças), SISMUDI (Diamante D’Oeste), SINDIPER (Pérola), SISMUL (Lapa) e SINDISPRU (Prudentópolis).

Post: Elizabeth Novaes – Mtb 10.959

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