Fesmepar debate Lei que congela salários dos servidores em videoconferência com diretores e líderes sindicais

A Fesmepar realizou nesta terça-feira (9/6) a primeira reunião por videoconferência de uma série de reuniões agendadas pela entidade, que possui o intuito de entender e buscar alternativas para a realidade em que os servidores municipais enfrentam neste momento de pandemia.

Com a participação de presidentes e diretores sindicais de sindicatos de servidores de diversas regiões do Paraná, filiados à Fesmepar, a reunião abordou como tema principal o congelamento dos salários dos servidores (Lei Complementar 173 de 27 de maio de 2020), que já está em vigor e congela os salários dos servidores públicos, assim como gratificações e avanços de carreira pelo período de 18 meses. A justificativa do governo federal para a criação da Lei é o enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus Covid 19.

O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, frisou que embora seja um momento excepcional em que o país deve unir as forças pela saúde, os servidores públicos não devem pagar o preço pela falta de planejamento do Estado e que estão trabalhando diariamente no combate ao Covid 19, e portanto, devem ser valorizados.

Servidores da saúde, segurança pública, asseio e conservação entre outras áreas, estão mantendo os trabalhos e auxiliando diretamente a população neste momento de pandemia, a Lei 173/2020 congela direitos conquistados. Não estamos falando de aumento salarial, mas sim de reajuste equiparado as alterações da inflação. Este congelamento irá agravar a situação de muitos servidores que estão se dedicando ao funcionalismo público, mas que por fim, não são reconhecidos pelo valor do seu trabalho”, disse.

Auxiliando nos trabalhos jurídicos, o assessor jurídico da Fesmepar Aquile Anderle reforçou que este é um novo cenário, uma nova realidade não somente aos servidores, mas também ao trabalho dos advogados da área do funcionalismo público.

“Muitas mudanças ainda estão por vir, nós entendemos que de imediato é uma grande desvalorização do trabalho dos servidores, estamos estudando a Lei 173/2020 para tentarmos buscar alternativas às alterações previstas. O congelamento por 18 meses abre precedentes pra muitas outras demandas, pois cada município possui uma realidade, é preciso ver com cautela cada caso, por isso a Fesmepar está abrindo as discussões hoje com a ideia de buscar esse diálogo, entender as necessidades para trabalharmos juntos”.

A agenda de trabalho da Fesmepar contra o COVID 19 prevê ainda uma série de reuniões online e discussões administrativas e jurídicas para levantar dados e fomentar as discussões no entorno do combate a pandemia, mas também nos reflexos futuros que os servidores enfrentarão no pós-pandemia.

Participaram da videoconferência a diretora de finanças da Fesmepar Sonia Marchi, os diretores da Fesmepar Fernando Hubner e Marcos Mocellin, os coordenadores regionais Leonel Lupatini e Ezequiel de Andrade, o diretor do Sindicato dos Servidores Municipais da Lapa Anderson dos Santos, a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Quedas do Iguaçu Joceli Carpes, a presidente do Sindicato dos Professores de Foz do Iguaçu – SINPREFI Marli Maraschin de Queiroz e a presidente do Sindicato de Servidores de Chopinzinho Marilde Antonia Téo.

Post: Elizabeth Novaes

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