A Fesmepar realizou nesta sexta e sábado (7 e 8) mais um “Curso de Formação Político Sindical” destinado a diretores sindicais do Paraná.
O curso que é ministrado pelo professor Erledes Elias da Silveira, foi realizado em Cornélio Procópio e contou com a presença de diretores sindicais de todo o norte do Paraná, mostrando o engajamento dos sindicatos em buscar conhecimento para ser aplicado no dia a dia da administração dos sindicatos.
Representando o Sindeduc – Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública Municipal de Cornélio Procópio, a diretora Vania Aparecida Galdino falou sobre o posicionamento dos trabalhadores da educação municipal a respeito das reformas propostas pelo governo Federal. “Nos estamos preocupados com a questão da Reforma da Previdência porque isso irá tirar muitos dos nossos direitos como trabalhadores, estamos preocupados porque isso não vai prejudicar somente os trabalhadores de hoje, isso prejudica a todos, nosso filhos e as gerações futuras, devemos lutar por nós e por todos que são o futuro do país.”
O presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, agradeceu a presença de todos e frisou que todos devem estar comprometidos na luta pela valorização do servidor e do serviço público brasileiro. “Não podemos deixar que caia no esquecimento a PEC 241 que foi aprovada ano passado e limita o valor dos investimentos em todos os setores, isso afeta a todos, desde o servidor que trabalha na área até o cidadão que precisa dos serviços como saúde e educação. As Reformas da Previdência e trabalhistas vem de encontro aos projetos já aprovados e irão precarizar o funcionalismo público, além de retirar diretos já conquistados, em direito adquirido não se mexe”.
Entre os temas abordados no durante o curso estão o dia a dia da administração sindical que debateu junto aos diretores os reflexos do neoliberalismo no movimento sindical, e fez uma reflexão sobre o compromisso do movimento sindicalismo atualmente.
O vice-presidente da Fesmepar e presidente do Sindserv Londrina, Marcelo Urbaneja, falou sobre a luta que os trabalhadores brasileiros ainda terão que enfrentar. “A realidade no ano de 2017 é assustadora, nós vamos levar anos para consertar o que está sendo feito. Por isso eu digo que agora vamos ter que começar um novo sindicalismo, há dois dias atrás saiu nos jornais a decisão de que os militares não podem mas fazer paralização como forma de manifestar-se . Os sindicatos são a única arma contra essa medidas – reforma da previdência, trabalhista e terceirização -, e estão querendo criminalizar o nosso direito de greve e de nos manifestarmos contrários as medidas”.
O deputado Requião Filho participou da abertura do Curso e reafirmou seu posicionamento contra as Reformas da Previdência e Trabalhista e a aprovação da Terceirização em todas as atividades. “As duas reformas, tanto a previdenciária quanto a trabalhista trabalham com versões alterando os fatos reais e vocês tem um fantasma maior ainda, que é a questão da previdência dos servidores municipais e estaduais ficarem a cargo dos prefeitos e do Estado do Paraná. A Reforma da previdência é baseada na versão de que a previdência está quebrada e de que o trabalhador não contribui, mas nós contribuímos sim, o trabalhador contribui sim, está tudo embutido nos impostos. É preciso uma reforma da previdência sim, mas não essa reforma apresentada, não uma reforma que agride diretamente o trabalhador brasileiro”.
Também participaram do Curso a diretora de finanças da Fesmepar, Sonia Maria Marchi, o Coordenador de Organização Sindical Edilson Glovienka além de diretores sindicais de todo o norte do Paraná.
Post: Elizabeth Novaes Mtb 10.959
